Sidnei
A foto do Queen Victoria Building expressa algo a respeito de Sidnei. Este edifício românico era inicialmente o mercado da cidade. A construção foi concluída em 1898 e tem como traços característicos o domo de cobre e o telhado de vidro, que inunda seu interior com luz natural. O que aparece no centro da foto é o Royal Clock que esta suspenso no teto. O relógio reproduz parte do Balmoral Castle e uma cópia dos quatro mostradores do Big Ben. De hora em hora, as trombetas tocam e as pessoas podem apreciar cenas da vida dos monarcas ingleses.
Este local espelha algo de Sidnei, pois tem uma síntese do antigo e do moderno. O antigo esta manifesto na arquitetura do prédio e o moderno no seu uso atual- um Shopping Center. Pierre Cardin disse que é o shopping mais bonito do mundo. Seja como for, é bem mais agradável do que os shoppings geralmente encontrados no Brasil, muito semelhantes e pobres arquitetonicamente.
Esta síntese do tempo pode ser vista em outros aspectos. Existem ainda fortes manifestações culturais da cultura aborígene. Os povos aborígenes vieram da Ásia pelo mar, há mais de 60 mil anos. Em 8000 a.C. já haviam desenvolvido o bumerangue e, possivelmente, o primeiro arpão farpado. Não tinham um sistema de governo centralizado, os grupos eram liderados por homens, geralmente mais velhos, tratados com grande respeito. Havia mais de 200 línguas e aproximadamente 800 dialetos falados no continente. Em certos aspectos a sociedade aborígene era bastante avançada. Há cerca de 25 mil anos já eram feitas cremações, sendo o registro mais antigo desta prática.
Apesar de a sociedade aborígene ter sido duramente excluída durante a colonização inglesa, sua influência ainda é forte em determinadas regiões do interior do país. Esta cultura milenar esta hoje fundida com uma sociedade cosmopolita, você anda na rua e observa gente do mundo inteiro. Muitos orientais (entre 30 a 40%) provenientes principalmente da Coréia, China e Japão. Persas, indianos, europeus e, é claro, latinos. Existe uma forte comunidade latina com presença marcante de brasileiros. É muito interessante olhar este ar cosmopolita e o resultado da miscigenação racial. Ao mesmo tempo se observa mulheres andando com a burka e jovens com o corpo coberto de tatuagens e diversos piercings.
Na escola que estou freqüentando tem gente do mundo inteiro. Na minha sala tem coreanos, italianos, colombiano, chineses e brasileiros (2). Combinei com Vicenzo (italiano de Pulia) que a cada aula ele iria me ensinar cinco verbos em italiano. Pensei em aprender algo também em coreano, porém desisti na primeira tentativa. Resolvi não ter receio e colocar em prática “my poor english”. Não tenho tido muita dificuldade, mesmo falando inglês tipo Tarzan (me Tarzan, you Jane). Agora, o Scott noivo da Lila ( filha do M. Bruno) tem um inglês australiano tipo surfista, para mim, quase incompreensível. O Scott é uma “figura a parte”, instrutor de surf e viveu algum tempo com as comunidades aborígenes do deserto, toca o didgeridoo e tem uma bonita relação com a cultura aborígene. Hoje será o casamento deles realizado por um aborígene.
A propósito tivemos uma sessão na casa de uns amigos do Scott e da Lila. No fundo da casa tem uma barraca (estilo índio americano), sendo que participaram da sessão cerca de 20 pessoas. M. Bruno como timoneiro, e a força estranha se apresentou com todo esplendor. O Scott entrou em contato com o espírito dos aborígenes e falou coisas bem bonitas a respeito da sua experiência.
A sincronicidade se apresentou novamente. Quando comuniquei da minha viagem para Austrália em uma sessão em Caxias coloquei a música “Somewhere over the rainbow”. Pensei assim em dedicar para irmandade daqui. Porém, havia levado apenas o meu HD com o acervo e a música estava no HD do meu computador. Assim tive que me conformar, porém uma irmã foi no banheiro e encontrou a música escrita em um cartaz.
Aqui vai:
OK this one's for Gabby
Ooooo oooooo ohoohohoo
Ooooo ohooohoo oooohoo
Ooooo ohoohooo oohoooo
Oohooo oohoooho ooooho
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dreamed of
Once in a lullaby ii ii iii
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dreamed of
Dreams really do come true ooh ooooh
Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me ee ee eeh
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops thats where you'll find me oh
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dream that you dare to,why, oh why can't I? i iiii
Well I see trees of green and
Red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world
Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of day
I like the dark and I think to myself
What a wonderful world
The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I...I love you
I hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more
Than we'll know
And I think to myself
What a wonderful world (w)oohoorld
Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top that's where you'll find me
Oh, Somewhere over the rainbow way up high
And the dream that you dare to, why, oh why can't I? I hiii ?
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Ooooo oooooo oooooo
Um comentário:
Show! Que lindo o lugar, Beto. Espero conhecer em breve! Adorei a idéia de ter como celebrante do casamento um aborígene! Algo bem fora do comum pra nós brasileiros. A cada detalhe que tu contas do outro lado do mundo fico com mais vontade de ir!
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