terça-feira, 23 de dezembro de 2008

JESUS É SIGNIFICADO E SIGNIFICANTE




Jesus é significado e significante

.... no meu ponto de vista.

 

Em todos os países cristãos dia 25 de dezembro é consagrado. Dia de lembrar o nascimento de Jesus, o Salvador. Nesta data as famílias procuram se reunir e comemorar a vinda do menino Deus para Terra.

Quando eu era pequeno havia uma imagem de Jesus e da Virgem Maria no quarto dos meus avôs. Eu olhava o quadro e me emocionava ao ver a imagem de Jesus com o coração em destaque. Uma vez me deitei na cama deles e comecei a olhar para o quadro e chorei de emoção. Coisas de criança, que só criança pode entender.

Quando cheguei à adolescência passei a contestar a sociedade e seus valores. Entre eles os valores da Igreja, compreendida por mim como uma das formas de iludir o povo. Porém a espiritualidade e os valores humanos essenciais permaneceram. Sentia uma busca de transcendência, não me contentava com a vida em sua dimensão material. Meu coração sentia e sente intensamente.

Cheguei à maioridade pleno de idéias e pensamentos. Porém sentia que havia um espaço que deveria ser preenchido, mas não sabia bem o que era. Tive assim minha primeira experiência espiritual significativa em 1989, estava com 30 anos e um tanto desencontrado. Hoje, são 19 anos que compartilho um caminho espiritual. Através dele percebo a dimensão espiritual de outra forma, reconheço a existência de Jesus e de seu legado.

Agora penso. E aqueles que não reconhecem Jesus como Salvador, sejam por convicções de outros credos ou pelo ateísmo. Estarão condenados ao fogo do inferno, conforme apregoam algumas religiões. Será que todas as tradições espirituais indígenas, aborígenes e de outros credos podem ser condenadas por não reconhecerem Jesus. Na minha espiritualidade e compreensão isto não tem sentido.

Como tudo vem pela palavra, lembro da lingüística  que diz que na “palavra” existe o significado e o significante.O significado corresponde ao conceito, idéia enquanto que o significante é sua forma, imagem acústica ou gráfica do conceito. Sendo assim, percebo de que algumas concepções espirituais compartilham do significado de Jesus e não do significante.

Na realidade Jesus não criou uma religião. Trouxe apenas uma mensagem e uma experiência existencial, de consciência, percepção e ação. Sem religião, sem dogma, sem ritual, sem culto, sem clero, sem templo, sem sacralidade de objetos, lugares e pessoas, dias e festas. Existe nas suas palavras e atos a busca de reconciliação com o Universo e com todos os seres vivos. É a busca da comunhão fraterna, solidária e inclusiva, onde todos são iguais sem distinção de raça, cor, sexo e posição social.

Esta busca esta dentro de diversos outros caminhos espirituais que compartilham apenas o conceito, significado de Jesus, não sua imagem e forma- significante. Todos estes em diversas partes do mundo, podem estar sintonizados com a força da paz e do amor. Valores supremos, eternos e universais.

            Que a paz e o amor esteja com todos nós cristãos, muçulmanos, budistas, ateus...... 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A MAR É SER



A MAR É SER.

 Este céu azul reflete nas águas profundas do meu pensamento

Fluidas emoções movimentam 

Como um rio em busca do seu mar

Águas, sentimentos que tensionam as margens

lembranças da minha fonte

Maré baixa, memórias de ondas tristes

Maré alta registros felizes e alegres

Tantos rios desembocam nas águas da minha vida

Portos de vida e de renascimento

Dias de navegante, dias de navegador

Dia de navegar na dor

Adiante marujo, navega em frente

Um dia recebo, percebo

O grande mar onde tudo volta a mar é ser.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vivendo e achando bom





VIVENDO E ACHANDO BOM.

Quando a gente escreve exterioriza nosso pensamento, compartilhamos com o mundo a nossa interioridade. Uma das belas habilidades da existência humana.

Neste dia completo 49 anos. Para alguns pode ser um tanto, para outros ainda sou um jovem. Existindo ainda a possibilidade de achar que só tenho cara de velho. Seja como for, não sinto a mesma disposição física que outrora. Lembro que quando criança eu gostava de rodopiar nas barras do pátio do Colégio do Carmo em Caxias. Agora estou me contendo com a natação e algumas caminhadas, apenas esportes “soft”.

Porém, em termos de planos ainda me mantenho muito ativo, alguns planos penso em compartilhar com a minha família. Sendo assim, têm que haver a concordância e querer deles, outros estão na minha governabilidade. Minha essência gosta de ensinar e aprender. Na realidade, separamos o que ocorre junto, pois a gente aprende também ensinando, somos na realidade aprendizes e aprendentes.

Gosto de estudar o desenvolvimento humano. Pensar que a nossa trajetória começa com a luta com outros seis milhões de competidores, buscando cruzar a membrana de chegada e penetrar no óvulo. Sendo assim, não podemos nos considerar derrotados, já que somos produto de uma vitória. Pelo menos uma.

  Também não precisamos nos exaltar, tendo em vista que mesmo que saibamos o mecanismo biológico da reprodução, ainda somos filho de um grande mistério. Aquela pequena síntese transformou-se em mim. Poxa, hoje estou com quase 100 kg, 1.83 m de altura e pleno de sonhos. Uauuu isto é fantástico.

Sei também que um dia esta matéria que ocupo, voltará a ser “pó da Terra”. Bom, isto faz parte do processo biológico dos seres encarnados. O meu é de fazer planos e vive-los. Se Deus tem outro plano para mim ou para o planeta, isto faz parte do plano divino.

Eu quero permanecer fazendo planos para compartilhar com o mundo a alegria de viver e estar vivo. Quero dar a minha contribuição para a vida e para o mundo,mesmo que pequena. Quero curtir a minha família, ver minha neta crescer e correr em busca do mundo. Quero conhecer pessoas de bem que pensem na paz, na harmonia e na felicidade.

Neste querer uma das coisas boas que fiz hoje foi fazer um intercâmbio lingüístico cultural. No “break” da escola juntamos colombianos, brasileiros, chineses, macedônio, chinês e italiano para construir um pequeno intercâmbio lingüístico. A síntese esta no quadro acima.

Da Torre de Babel até aqui o negócio se complicou, será que voltaremos a ter um único idioma e um único Senhor. Ainda bem que você que está lendo agora, entende o que estou querendo dizer. 

sábado, 13 de dezembro de 2008




CASAMENTO LILA & SCOTT.

 

“Bem vindo a todos que estão aqui para testemunhar esta especial expressão de amor, a união de Scott e Eliese. É uma honra para eles ter vocês aqui brilhando como estrelas de diferentes cantos do mundo, todos conectados pela mesma energia. Cada um de vocês tem grande importância na vida deles.

            Nós reconhecemos que estamos hoje nas terras uma vez floridas pelo povo Guringai. O povo Guringai são os tradicionais guardiões dessa terra e uma das culturas mais antigas do mundo. Então prestamos nosso respeito ao povo Guringai.

Esta é uma cerimônia sagrada para Scott e Eliese, esses dois espíritos se encontraram nessa vida para seguirem juntos numa missão de amor juntamente com a família, amigos e guias espirituais, porque na vida estamos todos conectados de alguma forma.

Também devemos lembrar da querida mãe de Scott, que partiu dessa vida em 13/11/1979 mas seu amor de mãe ainda brilha através de Scott e que esse amor verdadeiro abençoe a união de Scott e Eliese.

            Scott e Eliese acreditam que somos discípulos da mãe natureza. Uma luz, uma força, um Criador que nos deu o poder de verdadeiramente viver à vida que almejamos dentro do que acreditamos para atingirmos nosso objetivo na vida. Para eles a igreja e tudo a nossa volta, o gramado e o tapete, as árvores são os pilares, o céu e o teto. O universo com a sua imensidão mostra quanto pequenos somos dentro dele. Scott e Eliese acreditam que o amor verdadeiro e um compromisso de coração, mente e espírito.

            Eles estão compartilhando hoje um profundo e sagrado compromisso de confiança. Seguem juntos um para o outro e estão felizes em mente e espírito. Esperam em cada dia uma benção na realização dos seus sonhos.” ( Declaração de casamento do casal, lido pela Dna. Taina )

 

            O casamento da Lila e do Scott ocorreu ao ar livre no Jamienson Park a beira de um lago. Ela chegou num barco com o M. Bruno e o outro barqueiro remando. Havia flores no caminho e fardos de feno para os convidados sentarem. O noivo estava de roupas simples e chinelo de dedo. No centro, a beira do lago, foi feito um círculo com bambus onde foi realizada a cerimônia de casamento.

            O celebrante era um aborígene, estando presente também uma celebrante civil autorizada. O aborígene tocou didgerido, utilizou fumaça e fez pinturas no rosto dos noivos, pais e padrinhos que estavam dentro do círculo. Um australiano me disse que o aborígene utiliza-se de determinados rituais e pinturas para “fechar” um círculo de energia e guarnecer o casal no relacionamento que estão iniciando.

            Interessante do ritual é que a celebrante pede ao pai da noiva se ele concorda em passar a guarda da filha. Isto se deve a tradição, onde uma jovem deveria estar sob a autoridade e proteção de um homem que era o chefe da família, usualmente seu pai ou irmão mais velho.

            O lugar era muito bonito e depois de dois dias de chuva brilhou um lindo sol. A festa continuou ao ar livre com relato de fatos pitorescos do noivo, palavra dos pais dos noivos e uma apresentação artística de dança aborígene. É claro com didgeridoo.

            M. Bruno e a Dna. Taina estavam radiantes de energia, assim como os noivos e convidados. Mesmo sendo uma cerimônia diferente foi como é feito na União, com simplicidade e grande significado.

            Que o Mestre esteja na vida e no coração deste lindo casal. 


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sydney


Sidnei

 

A foto do Queen Victoria Building expressa algo a respeito de Sidnei. Este edifício românico era inicialmente o mercado da cidade. A construção foi concluída em 1898 e tem como traços característicos o domo de cobre e o telhado de vidro, que inunda seu interior com luz natural. O que aparece no centro da foto é o Royal Clock que esta suspenso no teto. O relógio reproduz parte do Balmoral Castle e uma cópia dos quatro mostradores do Big Ben. De hora em hora, as trombetas tocam e as pessoas podem apreciar cenas da vida dos monarcas ingleses.

Este local espelha algo de Sidnei, pois tem uma síntese do antigo e do moderno. O antigo esta manifesto na arquitetura do prédio e o moderno no seu uso atual- um Shopping Center. Pierre Cardin disse que é o shopping mais bonito do mundo. Seja como for, é bem mais agradável do que os shoppings geralmente encontrados no Brasil, muito semelhantes e pobres arquitetonicamente.

Esta síntese do tempo pode ser vista em outros aspectos. Existem ainda fortes manifestações culturais da cultura aborígene. Os povos aborígenes vieram da Ásia pelo mar, há mais de 60 mil anos. Em 8000 a.C. já haviam desenvolvido o bumerangue e, possivelmente, o primeiro arpão farpado. Não tinham um sistema de governo centralizado, os grupos eram liderados por homens, geralmente mais velhos, tratados com grande respeito. Havia mais de 200 línguas e aproximadamente 800 dialetos falados no continente. Em certos aspectos a sociedade aborígene era bastante avançada. Há cerca de 25 mil anos já eram feitas cremações, sendo o registro mais antigo desta prática.

Apesar de a sociedade aborígene ter sido duramente excluída durante a colonização inglesa, sua influência ainda é forte em determinadas regiões do interior do país. Esta cultura milenar esta hoje fundida com uma sociedade cosmopolita, você anda na rua e observa gente do mundo inteiro. Muitos orientais (entre 30 a 40%) provenientes principalmente da Coréia, China e Japão. Persas, indianos, europeus e, é claro, latinos. Existe uma forte comunidade latina com presença marcante de brasileiros. É muito interessante olhar este ar cosmopolita e o resultado da miscigenação racial. Ao mesmo tempo se observa mulheres andando com a burka e jovens com o corpo coberto de tatuagens e diversos piercings.

Na escola que estou freqüentando tem gente do mundo inteiro. Na minha sala tem coreanos, italianos, colombiano, chineses e brasileiros (2). Combinei com Vicenzo (italiano de Pulia) que a cada aula ele iria me ensinar cinco verbos em italiano. Pensei em aprender algo também em coreano, porém desisti na primeira tentativa. Resolvi não ter receio e colocar em prática “my poor english”. Não tenho tido muita dificuldade, mesmo falando inglês tipo Tarzan (me Tarzan, you Jane). Agora, o Scott noivo da Lila ( filha do M. Bruno) tem um inglês australiano tipo surfista, para mim, quase incompreensível. O Scott é uma “figura a parte”, instrutor de surf e viveu algum tempo com as comunidades aborígenes do deserto, toca o didgeridoo e tem uma bonita relação com a cultura aborígene. Hoje será o casamento deles realizado por um aborígene.

A propósito tivemos uma sessão na casa de uns amigos do Scott e da Lila. No fundo da casa tem uma barraca (estilo índio americano), sendo que participaram da sessão cerca de 20 pessoas. M. Bruno como timoneiro, e a força estranha se apresentou com todo esplendor. O Scott entrou em contato com o espírito dos aborígenes e falou coisas bem bonitas a respeito da sua experiência.

A sincronicidade se apresentou novamente. Quando comuniquei da minha viagem para Austrália em uma sessão em Caxias coloquei a música “Somewhere over the rainbow”. Pensei assim em dedicar para irmandade daqui. Porém, havia levado apenas o meu HD com o acervo e a música estava no HD do meu computador. Assim tive que me conformar, porém uma irmã foi no banheiro e encontrou a música escrita em um cartaz.

Aqui vai:

OK this one's for Gabby

Ooooo oooooo ohoohohoo

Ooooo ohooohoo oooohoo

Ooooo ohoohooo oohoooo

Oohooo oohoooho ooooho

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

 

Somewhere over the rainbow

Way up high

And the dreams that you dreamed of

Once in a lullaby ii ii iii

Somewhere over the rainbow

Blue birds fly

And the dreams that you dreamed of

Dreams really do come true ooh ooooh

Someday I'll wish upon a star

Wake up where the clouds are far behind me ee ee eeh

Where trouble melts like lemon drops

High above the chimney tops thats where you'll find me oh

Somewhere over the rainbow bluebirds fly

And the dream that you dare to,why, oh why can't I? i iiii

 

Well I see trees of green and

Red roses too,

I'll watch them bloom for me and you

And I think to myself

What a wonderful world

 

Well I see skies of blue and I see clouds of white

And the brightness of day

I like the dark and I think to myself

What a wonderful world

 

The colors of the rainbow so pretty in the sky

Are also on the faces of people passing by

I see friends shaking hands

Saying, "How do you do?"

They're really saying, I...I love you

I hear babies cry and I watch them grow,

They'll learn much more

Than we'll know

And I think to myself

What a wonderful world (w)oohoorld

 

Someday I'll wish upon a star,

Wake up where the clouds are far behind me

Where trouble melts like lemon drops

High above the chimney top that's where you'll find me

Oh, Somewhere over the rainbow way up high

And the dream that you dare to, why, oh why can't I? I hiii ?

 

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

Ooooo oooooo oooooo

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Na força


Na força

Sinto que existe um movimento “maior”. Maior que a nossa compreensão racional dos acontecimentos, algo próximo ao que Jung chamou de sincronicidade. A sincronicidade foi definida por acontecimentos que se relacionam não por relação causal, mas por relação de significado. A sincronicidade é também chamada por Jung de "coincidência significativa". Um exemplo bem conhecido de sincronicidade, é uma história real do escritor francês Émile Deschamps. Em 1805, Émile foi recebido com um pudim de ameixas pelo desconhecido Monsieur de Fontgibu.Cerca de dez anos depois, ele encontrou pudim de ameixas no menu de um restaurante em Paris, e fez o pedido, mas o garçon lhe disse que o último pudim já fora servido à outro cliente, o qual seria M. de Fontgibu.Alguns anos depois, em 1832, Émile Deschamps estava num jantar, e mais uma vez, foi oferecido pudim de ameixas à mesa. O escritor recordou do incidente anterior e contou à seus amigos que somente M. de Fontgibu faltava ao recinto para se fazer completa outra coincidência - e no mesmo instante, agora mais velho, M. de Fontgibu adentrou ao recinto. Tudo isso pode ser compreendido pelo que chamam “na força”.

            Estou agora em Sidnei, porém a minha vinda foi antecedida por alguns acontecimentos que considero estarem relacionados com esta sincronicidade. Certa vez, cerca de 20 anos atrás, estava passando por um momento difícil e fui procurar um médium vidente. Entre outras tantas coisas que ele me disse, foi de que iria para Austrália (não determinou o tempo que ficaria). Uma série de outras coisas que ele disse aconteceu. Havia me esquecido disso, porém relembrei recentemente observando a seqüência de acontecimentos.

Mais recentemente uma amiga me deu um CD de presente referindo-se a um “sonho” que lhe contei, sendo que são de músicas com didgeridoo. O didgeridoo é é um instrumento de sopro usado tradicionalmente por aborígenes no norte da Austrália, estando desde cedo ligado às crenças religiosas e místicas dos aborígenes. O surpreendente nesta “coincidência” é que havia falado que o “sonho” era de que me sentia como uma flauta, onde através de mim se manifestava o sopro divino. Ou seja, não havia falado do didgeridoo e sim de uma flauta, ambos são instrumentos de sopro, porém não diretamente relacionados.

A primeira vez que resolvi comunicar da minha viagem para Austrália foi numa sessão em Caxias. Porém falei apenas que iria ficar três meses fora do Brasil, algumas poucas pessoas sabiam qual era o meu destino. Depois de fechada a sessão uma pessoa me procurou e disse que havia lido um livro interessante, relacionado com assuntos falados naquela noite. O nome do livro é “Mensagem do outro lado do mundo”. Neste livro a autora Marlo Morgan em viagem à Austrália para conhecer o sistema de saúde, vivenciou aos 50 anos uma experiência que a modificou profundamente. O resultado foi um best-seller com mais de 600 mil exemplares vendidos somente nos Estados Unidos.O livro revela como uma médica americana de meia-idade transformou um inofensivo almoço com aborígenes australianos em quatro meses de peregrinação por 1.400 milhas, iniciações, segredos e rituais – sendo que num deles a neófita foi enterrada até o pescoço para limpeza do lixo ocidental. Ela considera-se uma mensageira mutante, disposta a lutar pelo meio ambiente e salvar o espírito da Terra. O livro mostra que a jornada exterior e o processo de iniciação esotérico (interior) reúnem-se num exercício de autoconhecimento, também presente na filosofia aborígene.

            Além disso, houve uma série de outras “coincidências”. Receber o pagamento de um empréstimo que não estava esperando, auxílio de amigos e de pessoas que nem conhecia.

            Seja como for “seja feito a vossa vontade assim na Austrália como no Brasil”

domingo, 7 de dezembro de 2008

Caminhos do coração




CAMINHOS DO CORAÇÃO

 “Há muito tempo que eu sai de casa

Há muito tempo que eu cai na estrada

Foi assim que eu quis, e assim sou feliz

(..) E aprendi que se depende sempre

De tanta, muita, diferente gente

Toda pessoa sempre é as marcas

Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende

Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá

E é tão bonito quando a gente sente

Que nunca está sozinho por mais que pense estar

E é tão bonito quando a gente vai a vida

Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração”

Caminhos do coração- Gonzaguinha

 

Parece que tenho certo encanto por caminhos e coração. Meus olhos têm gravado as montanhas e o verde da Serra Gaúcha. Ainda pequenos, eu e meu irmão, íamos com o meu avô para Antônio Prado vender ferramentas. Ele era Caixeiro Viajante e teve forte influência em nossa formação. Também lembro quando criança, descendo a Serra para ir para praia na carroceria de uma velha camionete Ford 100. Tudo simples mais significativo e com emoção.

Com 19 anos juntei algumas economias e com minha ex-namorada e um amigo fomos para estrada. Ficamos seis meses viajando, fomos para a Bolívia e Peru e depois retornamos pelo Rio Solimões / Amazonas até Manaus. Isto tudo merece um capítulo a parte.

Lembro que quando voltei pensava seriamente em continuar viajando, porém tinha  sido aprovado no vestibular de Agronomia. A responsabilidade pesou e fui para Universidade.

Houveram muitos caminhos e corações na sequência.

Depois disso tive oportunidade de participar do Programa LEAD.Através dele fui para a Costa Rica, México, Zimbabwe. Também, através do trabalho fui para Espanha e Portugal,conhecer iniciativas de desenvolvimento da Comunidade Européia.

De alguma forma tenho que atender a minha natureza sagitariana. Agora, a lua em câncer também gosta de família e lar. Sempre na busca do equilíbrio ( libra meu ascendente).

Bom, escrevo tudo isso esperando uma conexão para Sydney no Aeroporto de Buenos Aires. Irei ficar três meses por lá, não sei como irá ficar o meu coração. Mas.. e é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar.E é tão bonito quando a gente vai a vida nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração

 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ABRACADABRA

ABRACADABRA

História

Hoje a palavra é normalmente usada como encantamento por mágicos de palco, principalmente por ilusionistas. Antigamente, porém, acreditava-se no poder de tal palavra para a cura de febres e inflamações. A primeira menção conhecida a mesma foi feita no segundo século depois de Cristo, durante o governo de Septimo Severus, num poema chamado De Medicina Praecepta (em um tratado médico escrito em versos), pelo médico Serenus Sammonicus, ao imperador de Roma Caracala, que prescreveu que o imperador usasse um amuleto com a palavra escrita num cone vertical para curar sua doença:


A B R A C A D A B R A
A B R A C A D A B R
A B R A C A D A B
A B R A C A D A
A B R A C A D
A B R A C A
A B R A C
A B R A
A B R
A B
A

De acordo com Godfrey Higgins, tinha origem em "Abra" ou "Abar", o deus Celta, e "Cad", que significa Santo. Era usado como um talismã, com a palavra gravado sobre um Kameas (Amuleto quadrado), transformando-se em um amuleto. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo, o termo era uma corruptela da palavra gnóstica "Abrasax" e essa, por sua vez, era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava "não me firas", sendo que seus hieroglifos se referiam à divindade como "Pai". Era comumente utilizado sobre o peito sob as vestimentas.

Etimologia

A origem da palavra "abracadabra" ainda não foi totalmente esclarecida, havendo diversas teorias sobre a mesma:

"Eu crio ao falar"

Uma possível origem seria do Aramaico: אברא כדברא avra kedabra que significa "Eu irei criar ao falar"

Maldição e pestilência

Aqui há o ponto de vista de que a palavra deriva do Hebraicoha-brachah, que significa bênção, e dabra, uma forma em Aramaico palavra em Hebraico dever, que significa pestilência.

Pai, Filho, Espírito Santo

Abracadabra viria das palavras em Hebraico av (pai), ben (filho) e ruakh hakodesh (o espírito santo).

Abraxas

É também dito que a palavra provém de Abraxas, uma palavra gnóstica para Deus. Ela também é atribuída a Abracalan (ou Aracalan), que diziam ser tanto um deus sírio quando símbolo mágico judaico.

Outras teorias

Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavras hebraicas abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra (Deus) - cad (Santo). Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas as línguas.

                Seja como for, utilizo esta palavra em alusão ao login que criei abracagioli, formado da inicial do meu nome Alberto mais o meu sobrenome Bracagioli. Por essas e por outras considerei oportuno este nome para este blog, tendo em vista que tem para mim um sentido de cura, reflexão, espiritualidade e transcendência. Também pode ser compreendido que eu irei criar ao escrever.