domingo, 7 de dezembro de 2008

Caminhos do coração




CAMINHOS DO CORAÇÃO

 “Há muito tempo que eu sai de casa

Há muito tempo que eu cai na estrada

Foi assim que eu quis, e assim sou feliz

(..) E aprendi que se depende sempre

De tanta, muita, diferente gente

Toda pessoa sempre é as marcas

Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende

Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá

E é tão bonito quando a gente sente

Que nunca está sozinho por mais que pense estar

E é tão bonito quando a gente vai a vida

Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração”

Caminhos do coração- Gonzaguinha

 

Parece que tenho certo encanto por caminhos e coração. Meus olhos têm gravado as montanhas e o verde da Serra Gaúcha. Ainda pequenos, eu e meu irmão, íamos com o meu avô para Antônio Prado vender ferramentas. Ele era Caixeiro Viajante e teve forte influência em nossa formação. Também lembro quando criança, descendo a Serra para ir para praia na carroceria de uma velha camionete Ford 100. Tudo simples mais significativo e com emoção.

Com 19 anos juntei algumas economias e com minha ex-namorada e um amigo fomos para estrada. Ficamos seis meses viajando, fomos para a Bolívia e Peru e depois retornamos pelo Rio Solimões / Amazonas até Manaus. Isto tudo merece um capítulo a parte.

Lembro que quando voltei pensava seriamente em continuar viajando, porém tinha  sido aprovado no vestibular de Agronomia. A responsabilidade pesou e fui para Universidade.

Houveram muitos caminhos e corações na sequência.

Depois disso tive oportunidade de participar do Programa LEAD.Através dele fui para a Costa Rica, México, Zimbabwe. Também, através do trabalho fui para Espanha e Portugal,conhecer iniciativas de desenvolvimento da Comunidade Européia.

De alguma forma tenho que atender a minha natureza sagitariana. Agora, a lua em câncer também gosta de família e lar. Sempre na busca do equilíbrio ( libra meu ascendente).

Bom, escrevo tudo isso esperando uma conexão para Sydney no Aeroporto de Buenos Aires. Irei ficar três meses por lá, não sei como irá ficar o meu coração. Mas.. e é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar.E é tão bonito quando a gente vai a vida nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração

 

3 comentários:

Tati Bastos disse...

ainda bem que me encontro no caminho do teu coracao ...

Clareana Saragiotto disse...

Vai, querido... pisa firme nessas linhas que estão nas palmas de tuas mãos... O destino é a origem... O coração...

Amei as palavras, as histórias.
Ficarei ligada nas próximas que estão por vir!

Beijocas da afilhada.

Nelson Bittencourt disse...

Alo Beto!
Gostei do teu blog. Ficou interessante esta história andarilha do teu viver que sabemos ser presente o coração (teu forte mais forte), que agora palpita saudoso de tudo, saudoso de todos, saudoso que estamos, na Austrália, sem trália. Gostei também das alusões feitas à palavra "abracadabra" e a associações ao nome "alberto", abra, braca, bracagioli ... abra.. ços...volte logo!